sexta-feira, 31 de maio de 2013

                                              AMIGOS
                   
               O Blog acaba de criar uma nova página, destinada a publicar, discutir e debater problemas de interesse cultural, político e nacional, levantando opiniões, crônicas e discursos que venham trazer à tona as graves questões nacionais que ainda hoje nos afligem.
               A nova página intitula-se: " TRIBUNA LIVRE", e está inteiramente disponível a quem interessar possa.Basta enviar seu texto para:  claircms@yahho.com.br,   que   será    graciosamente transcrito na íntegra.
                                                                              Clair de Mattos.


TRIBUNA LIVRE

                                   TRIBUNA LIVRE


                      Mulher, substantivo feminino muito singular             


       Nos primórdios da civilização humana, a mulher era vista como elemento responsável pelos cuidados e manutenção das crias que proliferavam nas comunidades errantes. Ao partir para a caça ou para a guerra, os machos delegavam às companheiras o trato com os utensílios, mantas, alimentos e a responsabilidade de manter as cavernas ao abrigo de invasores
         Naquele período distante, eram elas que guardavam a pequena comunidade, mesmo que para tanto fosse preciso usar o tacape ou a lança, para afastar elementos indesejáveis. Nesta época, não bastava à mulher a criação dos pequenos. Tornavam-se guerreiras para defender a propriedade da invasão de estranhos.
                                Com o correr dos séculos e o aparecimento de novas perspectivas para o elemento feminino,começaram a surgir as mulheres pioneiras, aquelas que mudariam o curso da história.
                             Joana D’Arc heroína da guerra dos cem anos, em 1430, conseguiu unir a nação em favor da França, convencendo Carlos VII de que tinha a missão divina da salvar seu país, e, posta à frente das tropas conseguiu uma bela vitória contra os ingleses, em Orléans . Veio a ser canonizada pelo Papa BeneditoXV.
                                Em 1830, Armandine Aurore Lucie Dupin, Baronesa Dudevant, mais conhecida como George Sand, tornou-se a maior romanista francesa do movimento romântico, pautando seu estilo de vida num critério anti-convencional, deixando uma obra de peso, a saber:Indiana(1932) Valentine(1832) Um Inverno em Mallorca(1841) e nuitos outros romances bem conceituados pela crítica.
                                Ana Nery, Matriarca da Enfermagem no Brasil, nascida em 1814, serviu como voluntária na Guerra do Paraguai, partindo da Bahia de onde nunca saíra,para auxiliar o corpo de saúde do Exército, muito pequeno, contando com pouco material.Mais tarde. Assistiu os feridos em Salto,Humaitá, Curupaiti e Assunção. Além destas, eu poderia citar Sarah Bernardth, que com sua arte eletrizou plateias do mundo inteiro. Isadora Duncan, outra ainda, que rompendo os laços convencionais da dança impôs seu estilo único de um balé livre.  Anita Garibaldi, lançando-se guerreira ao lado do marido, Chiquinha Gonzaga, que rompeu com os laços aristocráticos que a prendiam e partiu para sua luta em favor da música popular brasileira
                     Juntando-se a essas, eu poderia citar mais algumas dezenas. Mulheres que não aceitaram as limitações do sexo, e levantaram bandeiras em prol da liberação feminina. Hoje em dia, dificilmente você encontra uma criatura que aceite simplesmente o papel secundário de mãe-esposa, sem dedicar-se às próprias indagações pessoais, aos próprios questionamentos internos, à própria realização pessoal. A mulher hodierna, sem desvincular-se dos filhos e da casa, luta por uma posição de igualdade entre o sexo masculino, sem despir-se de sua condição essencialmente feminina.
                       Em todas as camadas sociais encontramos mulheres batalhadoras, ganhando o próprio sustento, muitas vezes contribuindo para o equilíbrio do orçamento doméstico, sem alarde, despretensiosamente, apenas para exercerem seu direito de justiça e cidadania.À elas, nosso muito obrigada.
                                                                                                                          Clair de Mattos                 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Silêncios

AMOR Não é desilusão E nem tristezas E muito...
Miguel Moojen Moojen 3 de Junho de 2013 13:27
AMOR

Não é desilusão
E nem tristezas
E muito menos desavenças
E sim o buscar a ti,
No diálogo,
Na paz,
Nas alegrias
E na felicidade,
Pois amor que é amor
Suporta quaisquer desavenças,
Suplanta os ciúmes infundados,
Trás o casal no mesmo ritmo,
Faz o amor suplantar o ódio,
Deixa o passado para trás
E vivem no presente,
Envoltos na paz e no amor,
Na sinceridade
E na pureza do verdadeiro amar
Que dura e perdura
Em quaisquer momentos,
De aflições ou de calmarias
E vencem quaisquer obstáculos,
Já que o amor é mais forte,
É duradouro,
Suporta tempestades
E o amar finca estacas para não mais sair
E a fidelidade o é a regra máxima,
Pois só existe o amor divino e angelical,
Quando há respeito,
Confiança,
Amizade
E lealdade de um para o outro,
Quando nasce o verdadeiro amor
E o eu te amo a essência do amar,
Um amando o outro,
No amar amando.

Miguel Moojen
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terça-feira, 21 de maio de 2013


                      










Caminhos  


Passeio  meus olhos em antigos caminhos
e busco pedaços dos meus desencontros
farrapos sobrados do nosso naufrágio.
Passeio meus dedos nos teus cansaços
desalentadas fadigas de muitos desvios
quardando no tato as marcas do agora
prendendo nos olhos o pranto de ontem.

Me agarro febril a um breve minuto
seguro nas mãos o tão nada deixado
amordaço na boca um soluçar amargoso
e pranteio  em silêncio meu pobre lamento.

 Esqueço o momento
que um dia foi quase.                                 
                                                 
                                                                   Clair de Mattos
RETRATO DA CIDADE Carros em marcha lenta em...
Moacir Rodrigues 21 de maio de 2013 15:37
RETRATO DA CIDADE

Carros em marcha lenta em ruas estreitas, transeuntes num vai e vem em meio ao trânsito desorganizado, flanelinhas oferecendo vagas em locais proibidos, comerciantes de bugingangas anunciando produtos em promoção, o retrato de uma cidade no dia a dia, a maneira honesta de sobrevivência. No bairro de São José, no Recife, é quase uma rotina para quem precisa por ali transitar, seja no caminho para o trabalho, para resolver algum negócio ou simplesmente para fazer compras.
No pátio do Mercado de São José o movimento é grande, pessoas se esbarram, topam em tabuleiros de mercadorias enquanto outras pesquisam preços. Em frente da igreja, na praça, algumas prostitutas se oferecem, alguns pivetes ficam de olho em distraídos para lhe tomarem pertences.
Já na Av. Dantas Barreto eu me preparo para tomar o ônibus depois desse “passeio” forçado onde fui comprar frutas para suco. Esse retrato da cidade está vivo em minha mente.
...(Moacir Rodrigues)...
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http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/4301593

sábado, 18 de maio de 2013


 

                                     SILÊNCIOS

 

Escuta.

Ouve o silêncio das ruas desertas,

escorrendo pegajoso nas calçadas,

denso,

quente,

inebriando espaços.

 

Escuta.

Ouve o silêncio das ruas tristes

quente,no sol do verão

gotejando luzes.

Brilha.

Reluz.

 

Escuta o silêncio.

Tem muito a dizer

esta mudez ilusória

Segredos.

Cochichos.

Murmúrios.

 

 

Escuta o silêncio falando de mim,

revelando  mistérios,

confidências amorosas,

confissões sigilosas,

esse tanto que  guardo.

Meus enigmas.

 

Escuta em silêncio minh’alma, 

imensamente só.

 

         Clair de Mattos

  

quarta-feira, 15 de maio de 2013

INFORME


                      ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS
 

CONCURSO NACIONAL DE LITERATURA

 

       A Academia Carioca de Letras resolve instituir em 2013 dois prêmios para livros inéditos de crônicas e de poesias, que serão contemplados, respectivamente, com os troféus Sérgio Porto e Ivan Junqueira

AS OBRAS

Os livros, tanto de crônicas quanto de poesias, deverão ter en­tre 50 e 80 páginas, em papel formato A-4, digitado em corpo 12, espaço 1, em verdana. As obras deverão ser, obrigatoriamente, inéditas e escritas em língua portuguesa;  deverão ser apresentadas em três vias, assinadas com pseudônimo, encadernadas em espiral, com capa plástica, separadamente; deverão ainda ser entregues em um só envelope, lacrado, destinado à Academia. Dentro do mesmo envelope deverá ser entregue um envelope menor, lacrado, identificado apenas com o título da obra, contendo em seu interior as seguintes informações: título da obra; pseudônimo; nome completo; endereço, cidade, estado e  CEP; DDD,  telefone; e-mail de contato; números do RG e do CPF; minibiografia de até 10 linhas.

AS INSCRIÇÕES

As inscrições irão de 6 de maio até 6 de agosto. E as três cópias deverão ser enviadas para a Academia Carioca de Letras, Rua Teixeira de Freitas 5/306, Lapa, CEP:  20.021-350.  Só serão aceitas as obras postadas até o último dia do prazo, valendo como comprovante o carimbo da agência postal expedidora.

Não há limite de obras por autor, mas, no caso de mais de uma inscrição, o autor deverá usar pseudônimos diferentes.

Os originais não serão devolvidos.

 

 

 

 

PREMIAÇÃO

 

     Os primeiros lugares em crônicas e poesias receberão a quantia de R$ 2.000,00; e os segundos e terceiros lugares, um diploma de menção honrosa. A entrega dos prêmios ocorrerá no dia 26 de novembro na sede da Academia Carioca de Letras, durante a sessão de encerramento de suas atividades anuais.

 

 

 

COMISSÃO JULGADORA

 

A comissão será formada por escritores da ACL e o júri é soberano para qualquer decisão a respeito do concurso. Não cabendo, portanto, recurso algum em relação à concessão dos prêmios.

 

 

OS RESULTADOS

 

 Os resultados serão divulgados a partir de outubro no site da academia e nos demais sites e blogs que divulgam concursos. A academia entrará em contato com os premiados por telefone ou e-mail.

 

 

 

 

       Rio, 02 de maio de 2013.

 

 

 

 

Nelson Mello e Souza

 

Presidente da Academia Carioca de Letras.

 
                                          Rua Teixeira de Freitas 5/306, Lapa, Rio de Janeiro



Telefone: (21) 2224-3139

 

 
                                                         INFORME

* O escritor Edir Meirelles proferiu, dia 13 de Maio, excelente palestra sobre:" Lima Barreto e o Rio dos Subúrbios", na Academia Carioca de Letras. Palmas.

* Ainda na Academia Carioca de Letras, dia 27 do corrente, haverá 
uma exposição sobre:" O Silêncio das Palavras", liderada por José Arthur Rios.

* No PEN Clube do Brasil, próximo dia 20,  Sergio Fonta,  em continuidade ao seu programa:"Encontro com o Escritor,na Rádio Roquette Pinto, será saudado pela escritora: " Maria Helena Kunher". Em seguida, haverá uma performance teatral, encenada pelos atores: Jaqueline Laurence e Deo Garcês.

* O escritor Virgílio Costa acaba de lançar seu mais recente livro :" Volta à Ítaca", na Fundação Casa de Rui Barbosa.Na ocasião houve uma apresentação de gravuras assinadas por Artemis Alcala, e  mesa-redonda, presidida por Alexey Bueno e Marcio Tavares.  




O PEN Clube do Brasil, dia 20 do corrente, próxima segunda-feira, das 17h30 às 20h, em sua sede social (Praia do Flamengo, 172 / 1101 - Flamengo - Rio de Janeiro / RJ), dará continuidade ao programa Encontro com o Escritor.

A realização deste programa, ao longo de sua existência, tem motivado, sempre, a positiva troca de ideias e opiniões entre o autor convidado e o público presente, revelando, assim, o caráter informal do evento.

O primeiro homenageado deste ano será o dramaturgo e ator Sergio Fonta. Na ocasião o homenageado será saudado pela escritora Maria Helena Kühner e, em seguida, os atores Jacqueline Laurence e Deo Garcês apresentarão uma cena deFragmentos claros de um folhetim negro”, sobre Lima Barreto, uma das peças escritas pelo autor.

Na certeza de contarmos com suas honrosas presenças, apresentamos nossos antecipados agradecimentos.

Cláudio Aguiar

Presidente do PEN Clube do Brasil













terça-feira, 14 de maio de 2013

MARIA DA LATA

O céu está cor de chumbo,

a rua empoeirada;

um gato mia na esquina,

Maria leva uma lata.

Maria doida, mulata,

de pés descalços, cansados,

caminha louca com a lata,

e a saia suja e surrada

cobre as pernas espigadas.

O vento brinca com a lata,

com o vestido da mulata,

o vestido dá na lata,

a lata dá na mulata,

e a mulata caminha,

levando consigo a lata.

O céu está cor de chumbo,

A rua empoeirada.


Leda Chini

sábado, 11 de maio de 2013

INFORME

                                        INFORME


* O autor,ator e diretor teatral, Sergio Fonta, apresenta, na Roquete Pinto FM (94.1) às 12.30 hrs. as "Dicas da Semana", onde divulga os eventos da " Tribo do Teatro". Esta semana, conversa com a atriz Guida Vianna, em cartaz no Teatro Eva Hers, com a peça: " O  nó do coração".
   Fonta também ainda recomenda,  a peça: "Freud, a última Sessão", reestreando o Teatro Clara Nunes, sob a direção de Ticiana Studart. Quanto à literatura, Sergio aconselha a leitura de " Teatro oprimido e outras poéticas políticas (Ed. Civilização Brasileira,1975).

                                                            OUTRAS

*Pedro Paulo Rangel ensaia peça em São Paulo, contracenando com Eva Wilma.

*"Favela", encerra temporada no Fashion Mall.

*" Os Trabalhadores do mar", só até sábado, no Teatro Serrador;

                                                          

Marrakech



Em Marrakech passeio
entre muros rosaterra
aléias de tamareiras
aroma de almíscar
e flores de laranjeiras.
Bebo leite de amêndoas
e doces chás de menta.
Ouço minaretes em prece
mobiletes e charretes.
Pelos souks da medina
pastam meus olhos
cores de colares kelins
farois de luz em rendas, 
Entro no riad de pouso
e repouso em almofadas
Vejo arcos e arabescos
sedas tapetes e mesas
de luzentes azulejos.


               Astrid Cabral



segunda-feira, 6 de maio de 2013


A LOBA- LOUCA

 
                                                      Quantas vezes a vi,Loba-Louca

Ladina,estranha,complexa.Mulher fera,fala rouca.

Riso escapado no franzir da boca, matreira, sonsa, feiticeira.

Olhar de pupila oca, malícia reflexa.Passava por mim quebrando ancas

Cantava sozinha meio ao  revés. Loba—Louca das noites vadias.

Xingando e rolando nos cabarés, pestanas cobrindo órbitas vazias.

Loba-Louca escondendo mistérios na pele murcha rachada de estrias,

cabelos  pardos,  revoltados. Loba-Louca que um dia foi nova

Um dia foi fresca, um dia foi bela,vestiu  sua casa com prendas.

Cobriu seu amado de rendas, deu-lhe filhos, dois,

rostinhos cor de melaço,à roda dela ou presos no abraço.

Certa noite no verão,veio vento, veio chuva.

Céu desabou na terra quente,água inundou todo o chão,

lama vazou nas ribeiras,morro desceu atroado.

Mundo acabou num estrondo.Foi-se tudo num repente

Perdeu a moça seu homem, perdeu a mãe seus meninos.

Perdeu teto e abrigo, perdeu tudo. Mais que tudo,  se perdeu

Perdeu-se a moça de si,depois, largou-se em abandono.

Despossuida, solta, desprovida.Virou outra.Virou tonta.

Virou louca.Fez-se Loba

 
 
                                                                        CLAIR DE MATTOS
 

 

 

 
A noite é longa Chuva, vento forte. Janelas...
Elaine Coletti 6 de maio de 2013 14:55
A noite é longa
Chuva, vento forte.
Janelas tremem
Prendo a minha respiração
Escuto o meu coração
Ele quer lembrar momentos
Mas eu não quero tristezas
Chega de angustia
Raiva calada...
Amordaço o meu coração
Esta noite calei meu coração
Não procuro palavras que perdi
Reflito... Só preciso de mim
Enxugo minhas lagrimas
Minha respiração aumenta...
Com os primeiros raios do novo dia
Depois da tempestade noturna
O dia acorda ensolarado
Repleto de vida... Minha vida
O sol veio para me aquecer
Devolve-me a alegria
Que a noite afugentou
Essa força esta dentro de mim
Renovada ao acordar
Caminho determinada